(Este conto foi originalmente publicado no Brasil em 1985 no livro "Máquinas que pensam", obra editada por Isaac Asimov, Patrícia S. Warrick e Martin H. Greenberg)
Não
tenho boca e preciso gritar
Harlan
Ellison
(1967)
Se
os robôs sempre foram encarados com simpatia pela ficção cientifica
contemporânea, já não se pode dizer o mesmo dos computadores. Grande parte das
obras desse tipo descreve o horror, tédio ou desumanização de um mundo
controlado por máquinas inteligentes. “The Machine Stops”, de E. M. Forster
(1912), foi uma das primeiras a tratar do assunto, precedendo “We”, de
Eugene Zamiatin (1922). O computador ainda não tinha sido inventado, e por isso
ambas não usaram o termo, mas os aparelhos que aparecem nelas funcionam
exatamente como computadores. E á medida que a tecnologia foi evoluindo, a
tradição de hostilidade à máquina aumentou. Colossus (1966), de